“E disse Adão: esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada. Portanto, deixará o varão o seu pai e sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma só carne” (Gênesis 2:23-24).
O relacionamento a dois é um exercício constante de troca e renúncia: ora devemos dar mais, ora precisamos apenas receber.
Mas, qual é a dosagem certa?
Muitos cristãos acreditam que o casamento é o fim, o objetivo alcançado, a meta cumprida.
Mas, na verdade, se você achou que foi difícil encontrar sua metade da laranja e levá-la ao altar, é bom se preparar para as lutas que estão por vir.
Tudo que você viveu até aqui vai parecer brincadeira de criança se comparado aos desafios que o casamento representa.
Aliás, em qualquer relacionamento, seja amizade, profissional ou familiar, mas principalmente em um relacionamento amoroso, é muito gratificante receber demonstrações de amor, carinho, atenção, compreensão, afeto, cuidado…
Mas, tão ou mais importante, é saber dar tudo isso que se espera receber do outro.
Em qualquer relacionamento bem-sucedido a regra de ouro é entender que se trata de uma via de mão dupla: nem só dar, nem só receber.
Em um mundo em que cada vez mais os relacionamentos não são levados a sério, onde os valores morais e éticos estão deixando de existir, fica cada vez mais difícil um envolvimento correto, como manda a Bíblia.
Sim, a Bíblia. Se você é cristão, então a Bíblia deve orientar também sua vida amorosa.
Quando começamos um relacionamento devemos sempre começar com responsabilidade e respeito, tendo ciência de que uma paquera, um flerte, um namoro deve ser uma preparação para um possível casamento.
Hoje, mesmo dentro das igrejas, existe falta de respeito para as coisas que Deus criou. O plano de Satanás é destruir tudo, item por item, daquilo Deus fez.
Deus criou a terra, mas o homem procura a destruí-la, quando não respeita o meio ambiente e nem os animais. No fim do mundo, Jesus vai destruir os que destroem a terra (Apocalipse. 11:18).
Deus criou as nações; Satanás as engana (Apocalipse. 12:9; 20:8).
Deus criou a igreja; Satanás procura destruí-la. Deus criou a família também. Satanás procura destruí-la.
Satanás despreza e ataca o casamento, quando faz o mundo pensar que o casamento é desnecessário, coisa do passado.
A Bíblia declara que o matrimônio deve ser venerado. Se a família for destruída, a sociedade inteira e as igrejas serão seriamente afetadas.
O raciocínio é simples: a base da toda sociedade é a família. E a família começa com o matrimônio.
Para que se ter um relacionamento saudável, à luz da Bíblia, é necessário que se tenha a perfeita noção de que:
A ideia de casamento de Deus, quando escolheu Ele próprio uma companheira, feita sob medida para Adão (Gênesis 2:21-24).
Ao ser questionado sobre a legitimidade de o homem maltratar sua mulher, Jesus respondeu: “Não tendes lido que o Criador os fez desde o princípio homem e mulher, e que ordenou: Por isso deixará o homem pai e mãe, e unir-se-á a sua mulher; e serão os dois uma só carne? Assim já não são mais dois, mas uma só carne. Portanto o que Deus ajuntou, não o separe o homem” (Mateus 19:4-6).
A consciência da vontade de Deus deve ser o alicerce do casamento. Isso fica muito claro em Gênesis 24, que mostra que quando Isaque estava para casar, Abraão mandou buscar uma mulher “segundo a vontade de Deus’.
Se perguntássemos a todas as pessoas casadas: “Por que você se casou?”
Essa pergunta teria apenas duas respostas. A mais sincera seria: “Eu me casei porque quis”. Ou “Vi nessa moça (ou rapaz) alguma coisa que me agradou. Tinha alguns desejos – emocionais, físicos e sociais – muito intensos, e ela (ou ele) parecia a pessoa mais adequada para satisfazê-los. Por isso me casei”.
Porém a melhor resposta seria: “Casei-me porque senti que era essa a vontade de Deus”.
Isso é um verdadeiro casamento.
O casamento não é cristão apenas pelo fato de ter sido oficializado numa igreja. Mas o é porque se originou no coração de Deus.
O casal se une para obedecer a vontade de Deus. O casamento cristão começa no momento em que duas pessoas reconhecem que Deus escolheu uma para a outra.
Deus une um casal em matrimônio não para satisfazer o desejo do coração deles, mas para realizar o desejo do Seu próprio.
Nossa conclusão é que só o amor de Deus é capaz de sustentar um bom casamento. Afinal, se Deus é amor, então Ele deve estar sempre no centro da união entre duas pessoas que pretende seguir juntas pela jornada da vida.