Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão na casa de Carlesse e no Palácio Araguaia. Objetivo é apurar suspeita de pagamentos de propina relacionadas ao plano de saúde dos servidores estaduais, o Plansaúde e obstrução de investigações sobre a “Lei da Mordaça”, quando o Governador afastou delegados que investigavam denúncias de corrupção no governo. A até o momento Mauro Carlesse nem a Secretaria de Comunicação do Estado não se manifestaram.
Em decisão monocrática, do ministro Mauro Luiz Campbell, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou o afastamento do governador Mauro Carlesse (PSL), por 6 meses, resultado de uma investigação sobre suposto pagamento de propinas e obstrução de investigações que teve início há 2 anos. A decisão de será submetida ao Pleno da Corte, que pode ratificá-la ou revogá-la, ainda nesta quarta-feira (20).
O Palácio Araguaia não soube informar se o governador foi notificado da decisão de seu afastamento.
Além da casa de Mauro Carlesse e da sede do Governo, a Polícia Federal, também cumpriu mandados de busca e apreensão contra secretários estaduais, dentre eles o titular da Secretaria de Segurança Pública do Tocantins (SSP), Cristiano Sampaio, que também teve seu afastado do cargo determinado pelo Tribunal.
Segundo a Polícia Federal, as buscas fazem parte de duas operações complementares que investigam pagamento de propinas relacionada ao antigo plano de saúde dos servidores estaduais, Plansaúde e obstrução de investigações sobre a “Lei da Mordaça”, além de incorporação de recursos públicos desviados ao patrimônio dos investigados. Ainda segundo a PF, até o presente momento, estima-se que cerca de R$ 44 milhões de reais tenham sido pagos a título de vantagens indevidas.