Por unanimidade, o Pleno do Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou a decisão monocrática que determinou o afastamento do cargo do governador Mauro Carlesse (PSL) pelo prazo de seis meses.
O ministro Mauro Campbell Marques, relator dos dois inquéritos, apontou o governador Carlesse e o seu sobrinho, Claudinei Aparecido Quaresemin, secretário de Parcerias e Investimentos, como chefes de uma organização criminosa instalada na cúpula do Governo do Estado voltada à prática de atos de corrupção e cobrança de propinas.
Pedido de Prisão
A Polícia Federal do Tocantins chegou a pedir a prisão preventiva e temporária de Carlesse, de Claudinei, bem como do secretário da Segurança Pública, Cristiano Sampaio, mas o relator entendeu que não havia necessidade, no momento. O Ministério Público Federal (MPF) também deu parecer contrário às prisões.
Depósito em dinheiro na conta pessoal de Carlesse
Um relatório do setor de inteligência financeira da Polícia Federal apontou depósito em espécie de R$ 200 mil na conta pessoal do governador Carlesse, efetuado pela secretária particular da Governadoria.
Busca e Apreensão
A PF cumpriu mandados de busca e apreensão nas secretarias da Casa Civil, Casa Militar, Gabinete do governador e na Secretaria de Parcerias e Investimentos, além da casa do governador, onde foram apreendidos dois carros de luxo.
Esquema na Segurança Pública
Na Secretaria da Segurança Pública (SSP), a PF aponta intervenção política para direcionar investigações em face de adversários do governo. Cita ainda que foram retiradas garantias de delegados de Polícia Civil para desarticular investigações de corrupção, além de um suposto flagrante por tráfico de drogas que teria sido forjado pela cúpula do governo.