Foi descoberto, com a quebra do sigilo bancário e fiscal de Queiroz, que ele depositou um total de R$ 72 mil, por meio de 21 cheques e sua esposa, Márcia Aguiar, R$ 17 mil, para Michelle Bolsonaro de janeiro a junho de 2011. Os dados foram revelados pela revista “Crusoé”.

Outros depósitos, totalizando R$ 24 mil, já haviam sido identificados em 2018, no relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

O Presidente Bolsonaro, se defendeu, na ocasião, e admitiu que teria feito empréstimos para Queiroz, mas informou valores bem menores. “Não foi por uma, foi por duas vezes que o Queiroz teve uma dívida comigo e me pagou com cheques. E não veio para a minha conta esse cheque, porque simplesmente eu deixei no Rio de Janeiro. Não estaria na minha conta. E não foram R$ 24 mil, foram R$ 40 mil”, disse o presidente.

Quando o conjunto maior de cheques “apareceu”, Bolsonaro nunca explicou a diferença, pelo contrário, quando foi questionado sobre o assunto, por um jornalista, chegou a ameaçar o profissional de imprensa de agressão.

A Notícia de Fato é qualquer demanda dirigida aos órgãos da atividade-fim do Ministério Público, submetida à apreciação de seus membros, conforme as atribuições das respectivas áreas de atuação.

Neste caso, dos cheques de Queiroz a Michelle Bolsonaro, a demanda é de autoria do advogado Ricardo Bretanha. Foi protocolada em agosto de 2020. A PGR recebeu os autos para análise esta semana e informou que “os pareceres são apresentados nos autos dos processos”.