Durante a reunião foram apresentadas as principais atividades desenvolvidas pela USL Masculina de Palmas
Com intuito de fortalecer a rede de apoio para a reinserção social de adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa, a Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju) promoveu nesta terça-feira, 09, um encontro intersetorial na Unidade de Semiliberdade Masculina (USL) de Palmas. A reunião contou com a participação de representantes de órgãos ligados ao trabalho desenvolvido na Unidade, como o Colégio Estadual São José, Igreja São José e Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas III, além de familiares dos adolescentes.
Durante o encontro foram apresentados os principais trabalhos desenvolvidos pela USL e o seu formato de funcionamento, assim como o processo de reinserção social do socioeducando, através da educação e do trabalho.
O chefe da USL, Júlio César Guedes, ressalta que o trabalho na Unidade é desenvolvido de forma conjunta com a comunidade, por isso é necessário o conhecimento acerca das ações. “Estamos apresentando para a comunidade e nossos parceiros as atividades realizadas para nos unirmos e debatermos melhorias que reflitam no avanço dos nossos adolescentes, além de ser uma forma deles conhecerem mais sobre a medida de semiliberdade, já que a maioria pensa na internação, mas o nosso processo é bem diferente. Isso fortalece o nosso trabalho, que é feito junto com a sociedade”, afirmou.
A mãe de um dos adolescentes assistidos, G.M, relata que a união entre esses setores traz mais conforto e confiança para as famílias. “Eu ainda não tinha conhecimento sobre como funcionava esse apoio, mas hoje eu vejo a importância disso para família se sentir acolhida, para saber que eles estão aqui, mas que várias pessoas estão reunidas com o mesmo objetivo, que é resgatar eles, fazer com que os adolescentes retornem para a sociedade de uma forma correta”, contou.
Para a orientadora educacional do Colégio Estadual São José, Eva Gomes Rocha, o contato entre as instituições fortalece os vínculos necessários para apoio aos socioeducandos. “Eu reforço a importância dessas parcerias e de estarmos em constante comunicação, para que haja superação e reinserção dos adolescentes de forma tranquila e segura na sociedade, tanto usando conhecimento formal, como acolhimento enquanto pessoa”, enfatizou.
Medida de semiliberdade
Conforme definido pelo artigo 120 do ECA, o regime de semiliberdade pode ser determinado desde o início ou como forma de transição para o aberto, pois possibilita a realização de atividades externas e tem a obrigatoriedade de escolarização e profissionalização dos adolescentes.
Diante disso, para garantir o melhor cumprimento da medida, a Unidade de Semiliberdade conta com o apoio de instituições como Secretaria da Educação, Juventude e Esportes (Seduc), Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Integração (Renapsi), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Centro de Atenção Psicossocial (Caps), entidades religiosas e outros.
O adolescente T.G. afirma que o trabalho desenvolvido na Unidade e pelos parceiros têm contribuído para o seu crescimento. “Desde quando cheguei sou bem tratado por todos, estou conseguindo me desenvolver mais, me aprofundar mais, tanto no trabalho, como na escola, que estou conseguindo concluir os meus estudos”, concluiu.