Adolescente de 18 anos da Unidade de Semiliberdade Masculina (USL) de Palmas, administrada pela Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju), viveu a alegria em dose dupla nestes últimos dias com a oportunidade de traçar novos caminhos após a finalização da medida socioeducativa e a conquista do primeiro emprego ao mesmo tempo, por meio do Programa Jovem Aprendiz.
Contribuindo com a reintegração social de adolescentes que cumprem medida socioeducativa por meio da inclusão no mercado de trabalho, a equipe da USL masculina articulou, juntamente a Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Integração (Renapsi Tocantins), a contratação do adolescente. O jovem, que cursou Operador de Microcomputadores pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), vai trabalhar seis horas diárias como assistente administrativo, com direito a vale transporte e continuar os estudos na terceira série do Ensino Médio.
Segundo o chefe da Unidade de Semiliberdade, Júlio César, viabilizar essa experiência a um socioeducando é gratificante. “É com sentimento de missão cumprida que apresentamos um resultado positivo fruto do esforço e empenho dos servidores desta Unidade que proporcionam um ambiente de integração com a sociedade e incansavelmente buscam parcerias como a da Renapsi que visam a inclusão no mercado de trabalho”, salientou.
De acordo com a gerente do Renapsi, Patricia Lucena, a parceria entre a gestão da Unidade e a Instituição traz benefícios para ambas as partes. “Somos uma instituição formadora e nossa intenção é sempre trabalhar em parceria incluindo jovens no mercado de trabalho através da profissionalização, educação e inclusão social”, disse.
Oportunidade e mudança de vida
O adolescente ressaltou que sua passagem pela Unidade de Semiliberdade, além de oportunidades para sua vida, também lhe trouxe inúmeros ensinamentos. “Esse período na USL para mim foi de muito aprendizado. Não encarei com revolta e estou em busca de melhoras. Agradeço muito e espero que as coisas continuem assim, prosperando não só a minha vida, mas a de todos que puderam me ajudar aqui dentro”, disse.
A mãe do adolescente frisou a importância dele ser o protagonista da própria mudança de vida e ter aproveitado as boas oportunidades. “No início não acreditei que conseguiria recuperar meu filho do mundo do crime, mas entendi que não era eu que tinha que querer a mudança dele, pois ele só iria mudar a partir do momento que ele quisesse realmente essa mudança”, finalizou.