Entre outras mentiras, o candidato disse que o governador estaria tentando favorecer Janad Valcari ao supostamente atrasar pagamento dos servidores. Porém, o pagamento foi antecipado para este sábado, dia 26.
Durante o debate da Rede Globo/TV Anhanguera transmitido na noite desta sexta-feira, 25, o candidato à prefeitura de Palmas neste segundo turno, Eduardo Siqueira Campos (Podemos) adotou uma tática no mínimo covarde, ao atacar o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) e o seu pai, Fenelon Barbosa, primeiro prefeito de Palmas, que não são candidatos e não estavam lá para se defender.
Em um dos blocos Eduardo mentiu descaradamente ao dizer que o governador Wanderlei Barbosa teria transferido o pagamento dos servidores públicos estaduais para a próxima segunda-feira, 28, para supostamente favorecer a candidata Janad Valcari (PL), apoiada por Wanderlei. Além da suposta conexão entre dia do pagamento e um suposto favorecimento não fazer qualquer sentido, o governador já havia anunciado o pagamento de mais de 50 mil servidores ativos e inativos para este sábado, 26.
Em outro momento do debate, encurralado pela candidata Janad Valcari por já ter sido conduzido ao menos três vezes pela Polícia Federal e ser alvo de inúmeros inquéritos que investigam corrupção e desvio de recursos públicos quando foi secretário estadual entre 2011 e 2014, inclusive pelo desvio de R$ 263 milhões do instituto de previdência dos servidores estaduais (IGEPREV), Eduardo virou a sua metralhadora verborrágica novamente para o governador ao dizer que ela deveria questionar Wanderlei sobre o tema, porém se esqueceu de mencionar que diferente dele, Wanderlei nunca foi conduzido pela Polícia Federal em 35 anos de vida pública como vereador, deputado estadual, vice-governador e governador.
Ataques a Fenelon
Eduardo Siqueira Campos não se conteve em atacar apenas Wanderlei e resolveu atacar também o pai do governador, Fenelon Barbosa Sales, primeiro prefeito de Palmas entre 1989 e 1992, antes mesmo de Eduardo, que foi eleito em 1992 juntamente com a vice Marisa Sales, parente de Fenelon, que comandou a prefeitura municipal nas inúmeras ausências de Eduardo durante os meses que aproveitava para viajar para a Inglaterra.
O candidato não só mentiu quando disse que seria ele, Eduardo, “o primeiro prefeito eleito de Palmas”, uma vez que Fenelon também foi eleito pelo voto popular prefeito da cidade, que se resumia ao então distrito de Taquaruçu e aceitou abrir mão da sua emancipação para fazer parte da capital, como mentiu novamente ao dizer que teria sido Fenelon quem fez a concessão de mais de 30 anos das empresas de ônibus coletivo, quando as concessões foram feitas durante o mandato de Eduardo iniciado em 1993, como mostram documentos da época. Mentiu ainda quando disse que em 1992 foi eleito pela “oposição”, quando foi apoiado pelo então prefeito Fenelon para sucedê-lo e quase todos os vereadores.